quinta-feira, 31 de maio de 2007

Plenária das três estaduais

Esta noite as três universidades estaduais paulistas se reunirão na Usp para avaliar a mobilização até agora e discutir as ações políticas a serem tomadas de agora em diante.

O que pode ser dito até este momento é que o governador José Serra (PSDB) tem sido intransigente nas negociações. Em declaração ao Jornal Nacional de agora à noite, o Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Guimarães Marrey disse que só negociará com os estudantes após a desocupação da reitoria da Usp.

É importante lembrar que a reitoria da Usp só foi ocupada após várias tentativas frustradas de discussão com a reitora
Suely Vilela, que não comparecia aos encontros marcados. Será que essa omissão, que vai de encontro à cidadania, nunca será questionada pelo secretário?

Nota sobre o Decreto Declaratório nº 01 de 30 de maio de 2007

Leia a nota dos estudantes da Usp acerca do Decreto Declaratório nº 01 de 30 de maio de 2007.

Força opressora

Estudantes, funcionários e professores da Unesp, Unicamp, Usp que estão em passeata rumo ao Palácio dos Bandeirantes foram impedidos pela Polícia Militar de seguir o seu trajeto.

No cruzamento da Avenida Francisco Morato com a Morumbi, a passeata pacífica está sendo coagida com gás de pimenta e os polícias, que já tiraram a identificação dos uniformes, estão empurrando os manifestantes. Muitas pessoas estão passando mal por conta dos gás de pimenta. A polícia, cumprindo ordens do governo, não deixa nem a Comissão de Negociação passar.

Até este momento não se tem notícia de estudantes da Unesp entre as pessoas que passaram mal.

Em marcha contra os decretos

Neste momento, milhares de estudantes, funcionários e professores da Unesp, Unicamp e Usp, marcham rumo ao Palácio dos Bandeirantes contra os decretos do governador José Serra (PSDB).

Cobertura decente

Em meio à cobertura distorcida e enviesada que os meios de comunicação de todo o país têm feito da crescente mobilização dos estudantes das universidades públicas paulistas, temos que ressaltar positivamente a matéria do repórter Gustavo Cândido publicada ontem, no Jornal da Cidade.

Para fazer a matéria, o repórter foi ao campus da Unesp averiguar como estava a mobilização e ouviu diversos estudantes que estão mobilizados. Em outras palavras Gustavo Cândido apurou as informações antes de veiculá-las, coisa que, por incrível que pareça, boa parte dos meios de comunicação não têm feito. Sob o título Movimento estudantil está organizado, a matéria deixou claro ao leitor que os estudantes protestam por uma causa justa, a qual conhecem muito bem. Infelizmente, nem todos os meios de comunicação e jornalistas trabalham com a mesma dignidade.

Por um ensino público gratuito de qualidade: estudantes da Unesp entram em greve contra os decretos do governador

Os estudantes da Unesp de Bauru entraram em greve na segunda-feira, 28. A decisão foi tomada em assembléia na qual estavam presentes cerca de 500 alunos das três faculdades do campus (Faculdade de Arquitetura Artes e Comunicação, Faculdade de Ciências e Faculdade de Engenharia).

O principal ponto de pauta dos estudantes é a revogação dos decretos do governador José Serra (PSDB), que ferem a autonomia das universidades públicas. Os decretos também ferem as reivindicações estudantis locais de todas as universidades estaduais paulistas – incluindo a Unesp de Bauru. O critério de repasse de verba de acordo com a produtividade de pesquisas operacionais dificulta a melhoria da assistência estudantil e da infra-estrutura das universidades. Sem contar que o aumento da burocracia, historicamente, dificulta a concretização das reivindicações regionais dos estudantes.

Por isso, é importante lembrar que, apesar da revogação dos decretos estarem entre as principais reivindicações dos estudantes, este é apenas um dos pontos desta mobilização em favor de direitos básicos, como Moradia Estudantil, Restaurante Universitário (RU) e contratação de professores. Sem Moradia e RU, dificilmente os estudantes que vêm das classes menos abastadas podem continuar na universidade. Tal fato colabora para que a universidade pública seja uma instituição freqüentada, majoritariamente, pela classe média e a elite de nosso país - o que vai de encontro ao Estado a serviço de todos.

Na quarta, 30, os professores decidiram apoiar conjuntamente o movimento dos estudantes e dos funcionários - que já estão em greve desde a semana passada. No mesmo dia foi formalizada em assembléia a pauta de reivindicações do movimento estudantil.

Segue a pauta de reivindicações dos estudantes da Unesp – Bauru:

- Revogação dos decretos do governador José Serra.

- Início das obras da Moradia Estudantil.

- Contratação de professores.

- Construção do Restaurante Universitário.

- Construção do laboratório de Biologia.

- Paridade entre professores, estudantes e funcionários nos órgão colegiados.

- Melhoria na Infra-estrutura da universidade.

- Liberação de eventos culturais no campus.