O que voce acha da venda de bauru organizada pelos estudantes?
"Achamos ótimo, pois a maioria dos campi da Unesp tem R.U., e aqui também precisa. Se for pra pagar R$5,40 numa refeição, é melhor comer no shopping"Jaqueline e Tatiana, estudantes do 1º de Psicologia"Acho válida pra caramba. O preço cobrado pelo Nutricom é um absurdo, além da qualidade da comida ser muito
baixa. O R.U. juntamente com a moradia são coisas básicas"
Pedro Guerra, 3º ano de Biologia "É muito válida. Não sei se vai trazer efeitos, mas o preço de 5,40 por uma refeição é um absurdo. Outras unidades da Unesp têm RUs. Precisamos lutar pra que Bauru também tenha o seu"
Camila, estudante do 4º de Psicologia
6 comentários:
Está muy bueno percibir que en las universidades brasileras también se hace movimiento estudiantil de lucha y verdaderamente de izquierda.
Todo el apoyo a los baurus de los estudiantes de la Unesp de Bauru!
Viva la lucha.
Santiago.
ridiculo esse negocio de vender pao...que que isso vai adiantar......em bauru nao vai ter ru nunca..........vao estudar ao inves de ficar vendendo pao......é pra isso que a sociedade paga nossa faculdade...pra estudarmos.......
Claro! bom é comer lavagem a 5,40... deve ser por isso que vc tá esperto desse jeito...
ô Galera, OCUPARAM a reitoria da UNB, ng vai publicar isso aqui?
onde esta a venda de bauru.....ahahahahahahaha desistiram ne seus pateticos!!!petistas imbecis......
Eleições diretas para as reitorias
(publicado no http://guilhermescalzilli.blogspot.com)
Salta aos olhos a diferença de tratamento conferida pela imprensa às manifestações promovidas em universidades públicas federais e estaduais.
Nas ocupações das reitorias da USP e da Unicamp (estaduais), realizadas no ano passado, os estudantes foram retratados como vândalos imundos e cínicos. Proliferavam imagens de escritórios bagunçados, barbudos seminus fumando cigarros suspeitos, fazendo churrasco, bebendo. Mesmo a ação truculenta da polícia foi ignorada, assim como as perseguições contra os organizadores dos protestos, violando acordos explícitos que antecederam as desocupações.
Agora, quando os protestos visam a UnB e a Unifesp (federais), os alunos se transformaram na infantaria do bom-mocismo. Aparecem bem trajados, sentados em círculos, a debater com seriedade sua lista de ponderadas exigências. Não há menção a qualquer dano provocado pelas ocupações. Vemos apenas seus rostos serenos, votando em assembléias ordeiras, exibindo cartazes. Mesmo sua teimosia em perpetuar os protestos, após terem suas exigências atendidas, soa como coerência revolucionária.
Claro, de um lado estava José Serra e, de outro, encontra-se Lula. A infra-estrutura podre, a insensibilidade das direções, o peleguismo dos quadros funcionais, as mordomias inexplicáveis e, principalmente, a falta de participação dos estudantes nas decisões administrativas são características comuns a qualquer universidade pública do país, quiçá do planeta. Mas a autópsia das entranhas carcomidas das federais é muito mais interessante do que fazer o mesmo com apadrinhados do PSDB paulista.
Já em 1991, quando ingressei na Unicamp, distribuí pelas salas de aula um manifesto sobre a necessidade de haver eleições diretas e paritárias para reitor. Acusava o DCE de estar preocupado apenas com hedonismo e exigências vazias. E apontava que os males da universidade começariam a ser sanados a partir do momento em que o corpo discente pudesse influir nas decisões tomadas pelos burocratas. Ninguém deu a menor, bola, evidentemente, muito por causa da pura e simples impossibilidade prática de se instituir aquelas mudanças.
O problema persiste. O PSDB chega ao quarto mandato seguido em São Paulo sem permitir procedimentos eleitorais sérios durante a sucessão dos reitores. Quem manda é o governador, que controla a polícia e o orçamento, empossa secretários, diretores e reitores, e estende seu domínio através dos milhares de cupinchas de gabinete, especializados em ouvir reivindicações, balançar as cabeças, tecer comentários assertivos e esquecer tudo.
A grande imprensa paulista escancara com gosto o cartão corporativo dos reitores federais (cujos gastos são públicos por natureza), mas morre de medo de investigar esses gigantes administrativos que são a USP, a Unicamp e a Unesp, onde proliferam sistemas de apadrinhamento na distribuição de benefícios, bolsas, viagens, cessões de espaço comercial, vantagens em concursos e editais.
As organizações estudantis dessas universidades paulistas demonstrariam habilidade estratégica se aproveitassem o momento e lançassem protestos semelhantes, coordenando as reivindicações com seus colegas das federais. Seria uma mobilização conjunta, a nível nacional, pela instituição do voto direto e paritário para as reitorias. A plataforma é imbatível, se discutida seriamente. A jogada impediria que os alunos das federais fossem usados como inocentes úteis pela mídia partidarizada. E esta, pega de surpresa, seria constrangida a a promover o debate.
Pois é. Onde estão os DCEs, quando mais se precisa deles?
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