segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Plenária Final

No último dia de congresso (30), a plenária final estava marcada para começar às 8h, no Guilhermão, mas problemas organizacionais atrasaram bastante o cronograma.

A plenária começou às 11h com a discussão sobre aceitar ou não o credenciamento de alguns campi que haviam esquecido documentos (Marília e Rio Preto). Depois do almoço, a plenária decidiu que o credenciamento seria aceito e a mesa propôs um encaminhamento da pauta que deixava as questões referentes ao DCE e seu estatuto para o final da tarde.

O estudante Luiz Augusto (Goiaba), de Bauru, propôs outro encaminhamento (começar com DCE, estatuto e repressão). Sua proposta foi aceita e a discussão teve início. Porém surgiu a constatação de que, para fazer qualquer mudança estatutária seriam necessários dois terços dos votos dos delegados. Estava feito o impasse: votar a mudança estatutária por dois terços uma vez e mudar os demais itens por maioria simples ou votar todas as mudanças (uma por uma) por dois terços? Depois de tanta obstrução (cerca de duas horas sem nenhuma votação), a estudante Tchela, de Franca, propôs "desencanar" do estatuto e votar as bandeiras do movimento estudantil, o que foi aceito pela plenária. Além disso, a mesa foi destituída e outro estudantes a compuseram.

No início das votações das bandeiras de luta, o estudante Leandro, de Bauru, fez uma fala pedindo mais comprometimento da plenária. "Vamos ter mais responsabilidade! Primeiro vamos votar o estatuto e o DCE, depois a gente brinca de salvar o mundo", afirmou o estudante, em tom irônico. Mesmo assim, as votações das bandeiras continuaram ate às 17h40.

Deliberações - DCE
As deliberações com relação ao DCE e ao estatuto foram as seguintes:
- Assembléias de base elegem os membros do DCE (e não por chapa como era antes);
- Não será eleito nenhum DCE provisório;
- Marcado um CEEUF (Conselho das Entidades Estudantis da Unesp e Fatec) para os dias 27 e 29 de outubro, em Franca, que decidirá os critérios para eleição do DCE;
- O DCE terá caráter deliberativo;
-É necessário ter 25% dos campi (e não 50% como determinava o estatuto) para chamar um CEUF;
- Os campi desmobilizados não terão necessidade de quórum mínimo para elegerem delegados.

3 comentários:

J.Silva disse...

Pra mim, o CEUF foi uma grande decepção, salvo o debate sobre socialismo do século 21, no sábado. Até a plenária final, estava indo até que tudo bem.

Mas a nossa falta de capacidade de organizar a plenária fez com que muito da discussão dos GDs de sábado fosse em vão.

Diversas alterações no estatuto discutidas nos GDs sequer foram colocadas em votação na assembléia. Mas, como já disse, o que ocorreu não foi nenhuma "manobra" como muitos teóricos da conspiração adoram dizer, mas simplesmente falta de capacidade de organizar assembléias.

Uma grande falha foi não termos feito uma consulta prévia ao Código Civil, o que deixou o debate sobre alteração do estatuto muito confuso. Acabamos tomando um caminho sem saber se é realmente o caminho "legal", o que dá várias brechas pra impugnação.

Daí, decidimos protelar a discussão pro CEEUF em Franca, quando devíamos sair com as diretrizes agora em Bauru

A culpa não é de A, B ou C, mas de todos nós. Precisamos nos preparar melhor para assembléias.

Unknown disse...

Então, só corrigindo: são os dias 27 e 28 em Franca, galera!!!!
E pelo que eu me lembre, não foi bem aquilo que a Tchella propôs....se não me engano, ela sugeriu q a gente "desencanasse" sim, mas continuasse discutindo DCE...E também não ficou, pra mim, clara essa questão de os campi desmobilizados não precisarem de quorum mínimo!

Valew aê!

Anônimo disse...

Essa questão dos campi desmobilizados naum precisarem de quorum mínimo eu tbem n~çao entendi. Falta regulamentação sobre o que é "desmobilizado".
Essa regra fará com que os campi permaneçam sempre desmobilizados, pois assim, os poucos mobilizados deliberarão tudo sozinhos e a eles não interessará aumentar a participação da base no movimento. Ou seja, institucionalisamos a formação de oligarquias. Não me assustará se se reunirem secretamente, em assembleias não divulgadas, cinco ou seis carinhas e chamarem isso de assembleia ou eleição. É uma auto-proclamação, isso, sim.
Foi bom tocar no assunto pq outro absurdo no Congresso foi entidades virem para cá sem ata de posse e ficar por isso mesmo. Qualquer um (qualquer grupo que tenha grana) pode lotar um ônibus, chegar no Ceuf, dizer que é o DA de não sei aonde e manobrar...